Jogral (do
provençal joglar,
substantivação do adjetivo
latino joculáris,e: 'divertido, burlesco, risível'), na
lírica medieval, até o
século X, era o artista profissional de origem popular - um
vilão,
ou seja, não pertencente à nobreza - que tanto atuava nas praças
públicas, divertindo o público, assim como nos palácios senhoriais,
neste caso assumindo o papel de bufão, com suas
sátiras,
mágicas,
acrobacias,
mímica, etc.
[1] No dizer de
Jacinto do Prado Coelho,
"homens de condição inferior que ora cantavam música e poesia alheias,
ora eles próprios compunham, para tirarem proveito da sua arte".
[2] Os jograis podem ser equiparados aos comediantes
latinos (
mimi, histriones, scurrae, thymelici) e aos
scopas germânicos, isto é,
aedos, que, viajando de palácio em palácio, cantavam, como autores ou meros executantes, as
gestas
da nobreza bárbara. Segundo Menéndez Fidai, "jograis eram todos aqueles
que ganhavam a vida atuando perante um público, para recreá-lo com a
música, com a literatura, com charlatanices ou com prestidigitações,
acrobacias e mímicas."